Indicadores confirmam e reforçam a retoma sustentada da economia dos Açores

PS Açores - 14 de março, 2017
O Vice-Presidente do Governo salientou hoje, na Horta, que o debate das propostas de Orientações de Médio Prazo até 2020, do Plano Anual e do Orçamento da Região para 2017, decorrem “num momento em que a economia açoriana tem vindo a dar sinais estáveis e sustentáveis de retoma”, conforme os indicadores mais recentes e revelados nos últimos meses confirmam e reforçam. "Com a aprovação destes documentos – e só apenas após a sua aprovação -, o XII Governo dos Açores passa a dispor de condições para operacionalizar, em termos orçamentais, as medidas definidas para esta legislatura”, frisou Sérgio Ávila, acrescentando que a opção e a confiança expressas no último ato eleitoral pelos Açorianos às propostas governativas em debate, “também resulta do trabalho feito e dos resultados conseguidos”. O titular das pastas das Finanças Públicas, Emprego e Competitividade Empresarial, que falava na Assembleia Legislativa, recordou, nesse sentido, os mais recentes indicadores oficiais conhecidos, designadamente do Instituto Nacional de Estatística (INE) que, em dezembro, revelou que o crescimento económico da Região foi, em 2015, em termos reais, 1,7% superior ao verificado no país e mais do dobro do registado no ano anterior. Ainda segundo o INE, o rendimento disponível das famílias açorianas 'per capita' era de 11.303 euros, também superior ao verificado no resto do país. Em fevereiro, foi divulgada a taxa de desemprego do final de 2016, tendo os Açores registado, mais uma vez, reduções de desemprego, quer face ao trimestre anterior, quer em relação a 2015. “Passamos a ter, novamente, uma taxa de desemprego inferior à média nacional”, destacou Sérgio Ávila, acrescentando que, de acordo com o INE, “hoje existem mais 8.938 Açorianos empregados do que há apenas três anos e menos 9.171 Açorianos desempregados”, sendo que “o desemprego jovem diminuiu 42% em apenas dois anos e já é inferior ao verificado no país”. O Vice-Presidente salientou igualmente a evolução do turismo em 2016, com a maior taxa de crescimento das dormidas do país (mais 21,1%) e nos proveitos da atividade turística (mais 30,2%) em apenas um ano. “Também os principais indicadores de produção, consumo e investimento privado confirmam um reforço do crescimento da atividade económica na Região, afirmou Sérgio Ávila”, referindo o crescimento do consumo de eletricidade nos setores industrial (mais 3,2%) e do comércio e serviços (mais 2,8%), relativamente ao ano anterior. Para o governante, um conjunto de outros indicadores, divulgados também em fevereiro, confirma o crescimento do consumo privado, tendo o Índice Mensal de Vendas de Produtos Alimentares no Comércio a Retalho registado um novo aumento anual (1,7%). Quanto aos levantamentos em Multibanco de cidadãos nacionais, que têm vindo a aumentar desde 2014, cresceram 3% e a venda de automóveis novos subiu 32% no último ano. No setor da construção civil, a venda de cimento cresceu 7,6% no último ano e verificou-se uma subida de 15% do emprego no último trimestre de 2016, face ao ano anterior. Quanto às estatísticas relativas ao setor primário, Sérgio Ávila considerou que “permitem perspetivar também o início da retoma”, salientando que esta evolução “assentou exclusivamente nos recursos gerados na Região, tendo em conta que no último ano a economia cresceu e o consumo e o investimento privados aumentaram, ainda que as instituições financeiras tenham voltado a reduzir o financiamento às empresas e famílias”. O PIB, em termos reais, indicador que mede a evolução da atividade económica, produção e geração de riqueza e rendimento, aumentou no último ano 2%, muito acima do país (1,4%). O crescimento económico nos Açores foi ainda superior ao registado nos países da União europeia da Zona Euro (1,7%). “Não baixamos os braços e, em conjunto com os Açorianos, fomos à luta, enfrentamos os problemas de frente e com coragem”, afirmou Sérgio Ávila frisando que o “Governo fez o que lhe competia, mas foram os Açorianos, em toda a Região, os principais protagonistas e os responsáveis pela obtenção destes resultados positivos”. (GaCS)